Que mais não seja pela repetitividade do discurso, já percebemos que gastamos demais, que o Estado não aguenta, que temos de sofrer as consequências da gula, que estamos cada vez mais gregos.
A hora é crítica, por isso exigente para os políticos. Mas esses mesmos políticos não podem anunciar a dureza sem explicar o motivo, usar de deselegância na forma, por pseudoelegância no fim.
E o anónimo não pode continuar a ser o bobo da corte, mesmo que na realidade seja ele o cidadão da república a quem incumbe pagar pela gula…
Onde está o exemplo? As reduções de regalias e de ordenados de parlamentares, governantes e gestores públicos, ainda que por princípio!? Onde está o travão à corrupção que entra pelos olhos de todos, essa sim muito corruptiva do orçamento deficitário? Onde está a extinção de departamentos, associações, observatórios, institutos, empresas e outras formas de sorver o erário público? E que é feito da revisão das PPP?
Ah! E não nos esqueçamos de usar bem a terminologia: os impostos sobre o rendimento das pessoas não aumentaram 7%, foi só a TSU que aumentou, ao menos isso nos fizeram o favor de explicar.
Açoriano Oriental, 13 de setembro de 2012
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