Isto significa que é preciso abolir por completo o marasmo e rigidez estática com que alguns universitários encaram a instituição. As universidades têm de trabalhar para o mercado de trabalho! Abrir cursos porque sempre assim foi, porque dá jeito aos docentes que lá existem, porque ajuda a fomentar a tripolaridade (mesmo quando a sinergia do tripolar é mais etérea que real) é coisa que já não dá.
Depois, temos ainda os universitários de estufa que pensam que o mundo do trabalho é como as aulas teóricas a que se há de juntar umas práticas nos tempos livres - mais intercâmbios, mais prática no mundo real, mais realidade do mundo… são precisos. E quando for necessário ir para fora, em vez de se receber por cá uma formação menos eficaz, há algum problema!? Não é por termos universidade que somos mais competentes ou autonómicos, sê-lo-emos apenas se tivermos pessoas capazes.
Recentes problemas na universidade dos Açores serão talvez o sinal de que o pesado corpo não consegue voltar-se e encarar a realidade, que não é nova. O resultado está à vista, quando na lista de empregados e desempregados se percebe onde se trabalhou com visão em relação ao mundo que nos rodeia.
Como noutras coisas, não vale a pena rodeios. Refundar é preciso.
Açoriano Oriental, 19 de julho de 2012
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